extintor-de-incendio

Extintor de Incêndio

Neste artigo vamos tratar do principal e mais conhecido equipamento de Proteção Contra Incêndio, o extintor de incêndio.

Conteúdo do Post:

  1. O que é um extintor de incêndio?
  2. Como o extintor apaga o fogo?
  3. Métodos de Extinção do Fogo
  4. Tipos de Extintores de Incêndio
  5. Carga Nominal do Extintor de Incêndio
  6. Instalação do Extintor de Incêndio
  7. Suportes para Extintores
  8. Sinalização do Extintor de Incêndio
  9. Abrigo para Extintor de Incêndio
  10. Inspeção e Manutenção do Extintor de Incêndio

O que é um extintor de incêndio?

O extintor é um equipamento móvel, constituído por um cilindro, componentes (válvula, mangueira, indicador de pressão, esguicho), agente extintor e gás expelente (como o Nitrogênio), destinado à combater princípios de incêndio.

Por ser um equipamento móvel, o extintor de incêndio pode ser portátil ou sobre rodas, contudo, vamos detalhar mais sobre esse assunto no decorrer do artigo.

Extintores Portáteis

Como o extintor apaga o fogo?

Para compreender melhor o método de extinção de incêndio, vamos precisar conhecer mais sobre o fogo.

O fogo nada mais é do que um fenômeno físico-químico e para que ele exista são necessários 4 componentes:

  1. Oxigênio (comburente)
  2. Calor (fonte de calor que inicie o fogo)
  3. Combustível (material a ser queimado)
  4. Reação em Cadeia (ciclo vicioso que se instala com os outros componentes)

A união desses 4 componentes gera o que chamamos de Tetraedro do Fogo.

Tetraedro do Fogo
Tetraedro do Fogo

Contudo, se conseguirmos eliminar um desses 4 componentes em um incêndio, o fogo será totalmente controlado.

Exemplo: Fogão de Cozinha

Para acendermos o fogão, liberamos o gás (combustível), apertamos o botão para gerar a faísca (fonte de calor), e automaticamente o fogo se instala também consumindo oxigênio (comburente).

Após aceso, já temos uma fonte de calor instalada (chama), que consome mais gás e oxigênio, assim temos um ciclo onde um dos 3 componentes alimenta o outro “gerando” o quarto componente, a reação em cadeia.

Para acabar com a chama, basta interromper um dos 4 componentes, no caso, fechamos o gás e posteriormente o ciclo do fogo de encerra.

Entendendo esse conceito, se torna mais simples a compreensão dos métodos de extinção dos principais equipamentos de proteção contra incêndio.

Métodos de Extinção do Fogo

Abafamento

É utilizado quando é possível cortar o comburente, no caso o oxigênio.

Resfriamento

Tem como objetivo resfriar o material em chamas até que o calor reduza a ponto de não se manter.

Outra forma de combater o incêndio, seria se pudéssemos remover o material combustível, entretanto são poucos os casos onde é possível fazer isso de forma segura.

Classes de Incêndio

Depois de compreender os métodos de extinção, temos que saber o melhor método para cada classe de incêndio.

Por isso a importância de conhecer as 5 classes de incêndio.

Classes de Incêndio
Classes de Incêndio

Tipos de Extintores de Incêndio

Extintor de Água

Extintor de Água Pressurizada

Para apagar incêndios da Classe A (papel, madeira, tecidos, borracha, plástico), o mais conhecido é o extintor de Água Pressurizada (AP), seu método de extinção é por resfriamento.

Uma das características desse extintor é que seu jato possui um bom alcance permitindo o seu uso à uma distância segura ao seu operador.

Entretanto, o extintor de Água jamais deve ser utilizado para incêndios de outras Classes (B, C, D e K).

Exemplo 1:

Se um extintor de água for utilizado para combater um incêndio na Classe B (Líquidos Inflamáveis), a água irá se “misturar” com o líquido em chamas e por consequência aumentar ainda mais o incêndio.

Exemplo 2:

Outro cenário onde o extintor de água jamais deve ser utilizado, é para combater incêndio em equipamentos energizados (Classe C). Já que seu agente é a água, um dos melhores condutores de eletricidade, o que resultaria em choque para o operador.

Extintor de Pó Químico BC

O extintor de pó químico BC, também conhecido como PQS BC (pó químico seco BC) ou Pó BC, é composto por pó a base de bicarbonato de sódio, e seu método de combate é por abafamento, onde o pó “retira” o oxigênio próximo ao fogo quebrando o processo de reação em cadeia.

Extintor de Pó Químico ABC

Extintor de Pó Químico ABC

Assim como o extintor de Pó BC, o Pó Químico ABC também combate por abafamento o fogo, seu diferencial está em seu pó feito a base de fosfato monoamônico, que permite o combate à incêndio na Classe A também.

Após o uso, é possível notar uma diferença visual entre os dois tipos de extintores, pois o Pó BC é produzido na cor branca, enquanto o Pó ABC é amarelo.

Extintor de CO2 (Dióxido de Carbono)

O extintor de incêndio de CO2, é adequado para o uso nas Classes B e C, seu gás expelente sai em uma temperatura muito baixa combatendo o incêndio por resfriamento e abafamento.

Apesar de combater as mesmas Classes de incêndio do extintor de Pó BC, ele é o mais recomendado para uso em equipamentos elétricos, pois não deixa resíduos no local do combate, diferente dos extintores de pó que deixam o local precisando de uma limpeza total.

Extintor de Espuma Mecânica

Extintor de Espuma Mecânica

Quando o incêndio é com líquidos combustíveis e inflamáveis (Classe B), o melhor agente extintor é a Espuma, que é formada com a mistura de Água e LGE (Líquido Gerador de Espuma).

Serve para as Classes A e B, combatendo por abafamento e resfriamento, já que a espuma forma uma camada em cima do líquido em chamas, cortando o oxigênio.

Assim como o extintor de água, não deve ser utilizado para incêndios em Classe C (equipamentos elétricos).

Extintor Classe D

O extintor de incêndio Classe D, é específico para incêndio em metais pirofóricos.

Assim como os líquidos inflamáveis, o uso de água nessa Classe de incêndio pode agravar o fogo.

Mas o que é um material pirofórico?

Extintor Classe D

Resumidamente, um material pirofórico é aquele que pode se incendiar sem ter uma fonte de calor externa, apenas o seu contato com outras substâncias (como o próprio oxigênio) pode resultar no início das chamas.

Alguns exemplos de materiais pirofóricos são: magnésio, sódio, lítio, urânio, potássio, césio e alumínio.

Para um estudo mais aprofundado sobre os materiais pirofóricos, acesse: https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Piroforicidade

Extintor Classe K

Extintor Classe K

O extintor de incêndio Classe K, é destinando para incêndios em cozinhas devido à alta quantidade de produtos como: óleo, gordura e banha.

O extintor Classe K, combate o incêndio por abafamento, por meio de um processo chamado saponificação, onde se forma uma espuma por cima do material em chamas cortando o oxigênio, semelhante ao extintor de Espuma.

Carga Nominal do Extintor de Incêndio

A carga nominal dos extintores é a quantidade máxima de agente extintor para qual o cilindro foi projetado, para saber o peso total do extintor, deve-se somar o agente extintor, cilindro, válvula, mangueira, esguicho, etc.

Extintor Sobre Rodas

Como mencionado no início do artigo, existem duas categorias de extintores, os portáteis e os sobre rodas (mais pesados).

A diferença entre essas duas categorias é que os portáteis foram feitos para um manuseio mais rápido e fácil, sendo possível carregar o extintor na mão. Geralmente esses extintores não ultrapassam os 12 kg de carga nominal e de acordo com NBR 15808, não podem ultrapassar o peso total de 20 kg.

Já os extintores sobre rodas, como o próprio nome já diz, são montados sobre conjuntos de rodas e não podem ultrapassar o peso total de 250 kg.

Abaixo, separamos as principais carga nominais dos extintores mais utilizados no mercado:

PORTÁTEIS

  • Extintor de Água: 10 l
  • Extintor de Pó BC e ABC: 2, 4, 6, 8 e 12 kg
  • Extintor de CO2: 4, 6 e 10 kg
  • Extintor de Espuma Mecânica: 9 e 10 l

SOBRE RODAS

  • Extintor de Água: 50 e 75 l
  • Extintor de Pó BC e ABC: 20, 30, 50 e 70 kg
  • Extintor de CO2: 20, 25 e 50 kg
  • Extintor de Espuma Mecânica: 50 l

Instalação do Extintor de Incêndio

O extintor de incêndio deve ser instalado em área acessível, de forma que facilite sua visualização aos usuários, mas jamais em escadas, já que ele pode formar um “obstáculo” que pode atrapalhar na fuga dos usuários em uma situação de emergência.

Altura de instalação dos extintores

A altura de instalação dos extintores é permitida por norma entre 0,10 m e 1,6 m do piso, o que garante que o extintor não sofra com uma possível umidade do piso (quando feita lavagem do local) e também não fique muito alto para pessoas de baixa estatura retirarem o extintor do suporte.

Com essa faixa de altura permitida, criou-se um padrão de mercado de instalar os extintores sempre à 1,6 m, porém ESSA NÃO É A MELHOR OPÇÃO!

Se você considerar que os extintores mais leves são os de Pó com 4 kg de agente extintor e mais aproximadamente 2,5 kg do cilindro e seus componentes, resulta em um equipamento completo com no mínimo 6,5 kg, por mais que não pareça tão pesado, nem todas as pessoas podem pegar esse peso à 1,6 m de altura.

E pensando que os extintores estão espalhados por todos os tipos de ambientes como: condomínios, salões de festas, lojas, indústrias e clubes, então diversidade e facilidade aos usuários é um tema a ser considerado!

Agora imagine o caso dos extintores de CO2, que em seu modelo mais utilizado de 6 kg, chegam a pesar quase 20 kg, cilindros mais antigos chegam aos 24 kg.

Qual a solução para isso?

Reduzir a altura de instalação dos extintores para uma altura entre 0,4 m e 0,60 m, assim qualquer pessoa com as mãos soltas ao lado do corpo poderia retirar o extintor do suporte com um simples movimento lateral.

Suportes para Extintores

Suporte de Parede

O suporte de parede é o modelo mais utilizado para fixação dos extintores, contudo cabe um aviso na hora da instalação, eventualmente são instalados os extintores de Água (10 l) e Pó Químico (4 kg) lado a lado, apesar do suporte de parede ser o mesmo para ambos, precisa ser ajustada a posição correta para os dois modelos.

Suporte de Parede

Para o extintor de Pó (4 a 6 kg), a parte maior deverá ser parafusada na parede.

Para o extintor de Água e modelos maiores, a parte menor deverá ser fixada na parede.

Suporte de Solo

Outra opção é o suporte de solo, que ajuda muito em locais onde não é possível fazer a fixação na parede, em muitos casos o suporte de solo acaba dando um aspecto mais arrojado na decoração do local, como em escritórios, hotéis, salões de festa e consultórios.

Suporte Solo e Tapete Demarcador
Suporte Solo e Tapete Demarcador

Sinalização do Extintor de Incêndio

Um dos pontos mais marginalizados e deixados de lado quando falamos em extintores e equipamentos de proteção contra incêndio, é justamente o “mapa” para que você chegue até eles e inicie o combate ao incêndio, falo aqui das Placas de Sinalização de Emergência.

Se os extintores de incêndio devem ser construídos, instalados, inspecionados e manutenidos de acordo com Normas Técnicas específicas, as placas de sinalização de emergência também possuem uma Norma, a NBR 13434 – Sinalização de segurança contra incêndio e pânico.

A função das placas de sinalização de extintores é justamente para que o usuário consiga identificar onde está o extintor mais próximo mesmo no escuro, por isso a necessidade dela possuir o pigmento fotoluminescente e tamanho adequado.

Altura da Sinalização de Emergência - Distância para Visualização em Metros
Distância para Visualização em Metros

Gosto sempre de enfatizar que a grande maioria das placas de sinalização presentes no mercado não possuem certificação, para conhecer mais sobre as placas de sinalização de emergência certificadas, leia o artigo Placas de Sinalização de Segurança Contra Incêndio e Pânico.

Altura de Instalação da Sinalização

A placa de sinalização do extintor deve ser instalada logo acima do equipamento à uma altura de 1,8 m do piso, em casos onde a sinalização for obstruída por algum obstáculo, é necessário repetir a mesma sinalização à uma altura visível.

Para saber mais sobre a altura de instalação, leia nosso artigo Altura da Sinalização de Emergência.

É muito comum que os extintores sejam instalados em pilares ou colunas, ficando visível o extintor apenas de alguns ângulos, então é necessário que a placa de sinalização seja repetida em todas as faces visíveis para o público.

Sinalização de Solo

Quando houver o risco de obstrução frequente no local de instalação do extintor, como em: estacionamentos, indústrias e armazéns. É necessário realizar a sinalização de solo para demarcar a área onde o extintor está instalado.

Sinalização de Solo para Extintor

A sinalização de solo do extintor deve ser feita seguindo as medidas 1,00 x 1,00 m, sendo a parte interna vermelha com medidas 0,70 x 0,70 m e bordas amarelas com 0,15 m.

Em locais onde é importante demarcar o local do extintor, porém não é possível fazer a pintura no chão, existe também a opção de utilizar um tapete anti-chamas.

Tapete Demarcador de Solo
Tapete Demarcador para Extintor

Abrigo para Extintor de Incêndio

Em determinados locais onde a exposição à intempéries (chuva, sol, vento, baixa temperatura) é muito grande, os extintores ficam vulneráveis, o que vai danificar a pintura do cilindro, componentes e em alguns caso até reduzindo a vida útil do extintor.

Isso é muito comum em regiões litorâneas, onde a atmosfera salina do Oceano acaba corroendo a pintura e enferrujando o cilindro.

Como proteger o extintor então?

Existem vários equipamentos que vão ajudar na proteção dos extintores, cabe adequar o melhor custo-benefício para cada local, alguns exemplos são:

Capa Protetora

A capa é a forma mais barata de proteger o extintor, muito utilizada em caminhões e na indústria.

Capa para Extintor de Incêndio

Teto Protetor

O teto protetor é uma alternativa para quando não se deseja “prender” o extintor em um abrigo e dificultar sua retirada.

0a0c74dc-1e5f-11e7-a8da-02b04595c173

Abrigo de Aço Carbono

É o mais utilizado para proteger os extintores e mangueiras de incêndio, mas em alguns casos ele não é efetivo, pois com o tempo acaba corroendo.

Abrigo de Extintor

Abrigo de Fibra de Vidro

832_1.jpg

O abrigo de fibra de vidro é a opção mais durável e resistente à intempéries do mercado, excelente quando o índice de corrosão é alto.

Para saber mais sobre os abrigos de fibra de vidro, leia nosso artigo Quando utilizar o Abrigo de Fibra de Vidro?

IMPORTANTE: No caso da escolha de abrigos (aço carbono ou fibra de vidro), eles não podem ser trancados a chave, justamente para não dificultar o seu uso em caso de emergência!

Inspeção e Manutenção do Extintor de Incêndio

Consulta de Empresas Credenciadas

Antes de explicar sobre os tipos de manutenções nos extintores de incêndio, é preciso destacar que todos os procedimentos de inspeção e manutenção devem ser feitos apenas por empresa credenciada no INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia).

Para saber mais sobre Certificação de Produtos e Serviços, acesse nosso artigo Certificação de Produtos.

Por isso a importância de saber realizar a consulta de empresas credenciadas no SBAC (Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade), você pode realizar a consulta através do link http://registro.inmetro.gov.br/consulta/

Inspeção Técnica

O objetivo da inspeção técnica é verificar se o extintor está totalmente apto ao uso, verificando alguns itens como:

  1. Ambiente onde está instalado (suporte, obstrução, proteção contra intempéries);
  2. Indicador de pressão dentro da faixa de operação (dentro da faixa verde);
  3. Lacre de segurança;
  4. Data da última manutenção;
  5. Data do último ensaio hidrostático;
  6. Rótulo com quadro de instruções de uso;
  7. Condição aparente da mangueira, esguicho, indicador de pressão, válvula;
  8. Conjunto de rodagem (para extintores sobre rodas);
  9. Desobstrução do orifício de descarga (é comum que insetos utilizem os bicos de mangueiras para “fazer moradia”);
  10. Pesagem do extintor de CO2 (por não ter o indicador de pressão, é necessária a pesagem).

Na inspeção deve ser emitido relatório que apresente a identificação do equipamento, data, empresa credenciada e nome de quem realizou a inspeção, além do relatório, o extintor também deve receber uma etiqueta comprovando que o operador realmente inspecionou.

Etiqueta de Inspeção Técnica

A frequência varia muito de acordo com o tipo de ambiente onde os extintores estão instalados, as mais comuns são: mensal, bimestral, trimestral e semestral.

Caso haja alguma não-conformidade com o equipamento, deve ser analisada qual a manutenção necessária, nível 1, 2 ou 3, como vamos explicar logo abaixo.

Manutenção de Primeiro Nível

Extintor Manutenção Nível 1

A manutenção de primeiro nível deve ser feita sempre que for identificada alguma irregularidade no extintor durante a Inspeção Técnica que possa ser resolvida no próprio local onde ele está instalado, desde que não envolva nenhum componente que esteja sob pressão, como: válvula, indicador de pressão, sifão…

Alguns dos reparos mais comuns são: troca de mangueiras, difusor, limpeza externa da válvula e substituição do quadro de instruções (rótulo).

Manutenção de Segundo Nível

Na manutenção de segundo nível, o extintor deve ir para uma empresa com oficina credenciada para realizar a manutenção, ela deve ser feita sempre que houver alguma das situações abaixo:

  • Lacre violado;
  • Anel de identificação violado;
  • Ultrapassar a data de vencimento da manutenção de segundo nível;
  • Extintor parcial ou totalmente descarregado;
  • Danos nos sistemas de rodagem, no caso de extintor de sobre rodas.

Durante a manutenção de segundo nível, o extintor de incêndio será totalmente desmontado, realizando a limpeza de todos os seus componentes, inspeção de todas as roscas, verificação interna do cilindro quando à corrosão e medição do comprimento do tubo sifão.

Se necessário, o extintor deverá ser pintado novamente com o objetivo de preservar o cilindro.

Realizado todo o processo de manutenção, o extintor receberá o lacre, selo de identificação do INMETRO e etiqueta de garantia.

Etiqueta de Garantia Baixa Pressão
Etiqueta de Garantia Baixa Pressão

IMPORTANTE!

É recomendado que sempre seja solicitado à empresa que realizou a manutenção o relatório de execução do serviço, onde deve constar todos os dados dos extintores.

Qual a validade da recarga do extintor?

Os extintores devem passar por manutenção de segundo nível (recarga) a cada 12 meses desde que não haja nenhuma não conformidade que obrigue a realização da manutenção antes do período previsto.

Entretanto, o extintor de CO2 pode ser recarregado em um período máximo de até 5 anos, desde que não haja uma perda de carga superior a 10% da sua carga nominal.

Etiqueta de Garantia Alta Pressão
Etiqueta de Garantia Alta Pressão

Para que o prazo de validade dos extintores de CO2 seja prorrogado, é necessário que sejam realizadas as inspeções técnicas e conste no relatório todo o histórico de pesagem do equipamento, neste caso apenas a etiqueta de garantia será substituída anualmente.

Manutenção de Terceiro Nível

Extintor Manutenção Nível 3

A manutenção de terceiro nível deve ser realizada a cada 5 anos ou quando a empresa responsável pela manutenção identificar que é necessário realizar o ensaio hidrostático do cilindro, geralmente isso ocorre quando o extintor apresenta algum amassado no cilindro ou quando não é possível identificar a data do último ensaio hidrostático realizado no extintor.

Durante a manutenção de terceiro nível, deve haver a remoção total da tinta e logo após deve ser realizada uma nova pintura no cilindro.

Além do cilindro passar por ensaio hidrostático, todos os seus componentes (válvula, indicador de pressão e mangueira) também serão submetidos à ensaios específicos.

Após o ensaio, o cilindro deve receber identificação à punsão com logotipo ou marca da empresa que realizou o serviço e o ano em que foi realizado o ensaio hidrostático.

Caso o extintor seja reprovado durante o ensaio hidrostático, deverá receber a expressão “CONDENADO” no cilindro.


Se você deseja ir mais além no assunto de proteção por extintores de incêndio, leia também nosso artigo Proteção por Extintores em Líquidos Combustíveis e Inflamáveis


Referências Bibliográficas

NBR 12962 – Extintores de incêndio – Inspeção e manutenção

NBR 15808 – Extintores de incêndio portáteis

NBR 15809 – Extintores de incêndio sobre rodas

Portaria n.º 005, de 04 de janeiro de 2011

O Autor
Bruno Alberto Gonçalves

Bruno Alberto Gonçalves

Há 9 anos venho me especializando e acumulando experiência técnica em equipamentos de proteção contra incêndios, área essa que tenho grande apreço e considero extremamente relevante para formação de uma Cultura Prevencionista no Brasil. Em 2017, fundei a Teros Soluções Contra Incêndio para atuar com consultorias, fornecimento de equipamentos e serviços focados nas NBRs 11742, 11861, 12615, 12779, 13434, 15511, 16651 e 17505-4.

INSCREVA-SE EM NOSSA NEWSLETTER

Fique por dentro das novidades de
PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO
O Autor
Bruno Alberto Gonçalves

Bruno Alberto Gonçalves

Há 9 anos venho me especializando e acumulando experiência técnica em equipamentos de proteção contra incêndios, área essa que tenho grande apreço e considero extremamente relevante para formação de uma Cultura Prevencionista no Brasil. Em 2017, fundei a Teros Soluções Contra Incêndio para atuar com consultorias, fornecimento de equipamentos e serviços focados nas NBRs 11742, 11861, 12615, 12779, 13434, 15511, 16651 e 17505-4.

2 comentários em “Extintor de Incêndio”

  1. Boa tarde,
    Recebi uma boa instrução e aula sobre equipamentos contra incêndio, extintores. Esse é o ramo profissional que estou iniciando. Receberei treinamento a partir de amanhã, dia 12 de fevereiro de 2022.
    Muito grato pela ajuda.
    Agamenon Dias Cardoso

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

INSCREVA-SE EM NOSSA NEWSLETTER

Fique por dentro das novidades de PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO
Precisa de Ajuda?